Na edição de fevereiro deste ano, a revista Vida Simples colocou na capa o artigo: Errar Faz Parte. E coincidência ou não, a imagem escolhida pela autora Rosane Queiroz foi um fundo azul e uma borracha.

A borracha, símbolo do Rescola, tem o significado de refazer, a possibilidade de apagar algo que não foi bem escrito e de reescrevê-lo da forma que se considera melhor ou mais adequada, ou simplesmente, algo que seja diferente.

Mas não foi isso que aprendemos na escola, foi?

Na escola, aprendemos que existia somente uma resposta certa para cada pergunta. E o aluno que respondesse certo, e também mais rapidamente, ganhava pontos e principalmente a consideração e as boas notas da professora.

Pois foi exatamente essa a abordagem da reportagem, que nos leva a refletir sobre a permissão de errar, não como um hábito ou um fim em si mesmo, mas como um processo natural de erros e acertos, que leva ao aprendizado na vida, nos relacionamentos, nos negócios, na escola e na sociedade.

Fomos educados para acertar. Mas quem disse que na vida a gente acerta sempre?

Muitos gênios e prêmios Nobel erraram. E foi a partir da observação destes erros que encontraram os grandes acertos. Talvez se tivessem se punido ou culpado por errar, não tivessem chegado onde chegaram e realizado as contribuições que os tornaram tão importantes, como Einstein ou Da Vinci.

O fato é que errar é humano, é natural, faz parte do processo biológico da vida. E pode ser usado para o crescimento, para a evolução e para a colaboração. Desde que conduzido de forma construtiva e criativa. O erro pode ser colaborativo. O acerto também.

E nós do Rescola nos propomos aqui a errar e acertar um pouco a cada post, compartilhando com vocês nossas ideias, sonhos e visões acerca da Educação e do papel que a Escola tem neste processo. Um papel que está em fase de questionamentos, validações e novas construções. Quem sabe de algum de nossos erros possam surgir novos acertos?


Caroline Bücker

Mestranda em Educação, Publicitária, pós-graduada em Gestão Empresarial, professora universitária, consultora de estratégia. Facilitadora de cursos de Design thinking na PUCRS/Crialab/Tecnopuc e em cursos independentes e colaborativos. Co-fundadora do Coletivo Thinkers Poa. Incomodada com a atual situação da escola e os formatos muito tradicionais de ensino e de aprendizagem, acredita na transformação do ser humano através de uma educação mais inclusiva, criativa e divertida.

2 thoughts on “A importância do erro no aprendizado

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